2004-08-27

Sem qualquer interesse

Admito, o blog está a começar a ficar muito desinteressante e muito banal. E queria pedir desculpas aos leitores habituais, se é que ainda existem alguns. Mas eu própria estou assim, desinteressante e desinteressada.
Todos os dias as mesmas coisas sem qualquer interesse, estou a ficar farta. Preciso da minha rotina habitual do não-pára-não-respira. Podem-me achar uma pessoa que não se decide mas quando estou em fase de aulas, fase normal, quase entro em esgotamento durante a semana. Ou seja, os fins-de-semana são para simplesmente, dormir.
Entre o violino, o ballet, a jcp, os ensaios até às tantas do teatro e a escola (que acaba por quase ficar para plano secundário), mal tenho tempo de respirar, de comer e de dormir, quanto mais de estudar!
Mas o que é certo é que, se me tiram alguma das minhas actividades eu sinto falta e acabo por me aborrecer, de tal maneira estou habituada ao rodopio. É essa a minha vida e eu sinto a falta dela. Por isso imaginem quando me tiram TUDO! Em vez de esgotada fico altamente depressiva e acho os dias uma seca, todos iguais! As férias têm sido boas, quando não estou por cá. Tenho visto muita gente que não via há muito e tenho-me divertido. Mas já chega, preciso da minha rotina, já estou farta de descansar.
Por isso é que tenho a cabeça e o blog tão vazios, tão cheios de nada, tão secantes e desinteressantes. Porque não acontece nada de novo, não se passa nada. Por isso prometo-vos que esta fase não dura para sempre (se é uma fase não dura para sempre, DUH!) e que isto vai voltar à crista da onda, como dizem os brasileiros!

Beijos*

Já há turnos marcados: na hora dos Peste e na hora dos Mercado Negro... gostam? Eu tenho ou não uma queda p'ra bruxa?
Esta semana vou pintar o cabelo de roxo! Mas não se assustem, são daquelas tintas que vêm-se e vão-se, lá diz a mana Joana. E sexta lá vamos nós.
É verdade, só falta uma semana para o fim-de-semana mais esperado do ano. Falta uma semana para a Felicidade!

2004-08-26

Fear of the Dark

Pode ser infantil. Eu sei que é, mas mesmo assim continuo a ter medo do escuro.
Tenho medo de vos sorrir no escuro e voces não verem, tenho medo de me perder e com os braços esticados, não encontrar algo sólido a que me agarrar. Tenho muito medo do escuro, eu.
No escuro não há luz, nem da Lua! A luz guia-nos aos sitios onde queremos ir e no escuro dificilmente podemos encontrar uma saida, nem com o coração. Por isso tenho sempre uma lanterna na mão, mas com as oscilações da vida e do meu coração de vez enquando acaba a pilha. Até hoje, quando isso acontece tenho sempre várias luzinhas acesas na noite, para me salvar. Agradeço-lhes eternamente a quem mas acende, às minhas Estrelinhas e tento sempre retribuir-lhes pois toda a gente tem uma falha na energia, de vez enquando.
Eu gosto da luz, da luz solar e do Lunar, gosto de luz. Quando há luz eu consigo ver tudo à minha volta, quão bela e maldita é a Vida, vejo o bom e o mau, mas vejo. Enquanto eu vir claramente e não me tornar numa pessoa apagada, sem visões nem realidades reais eu dou-me por feliz.
Obrigado a quem sempre se apressou, aflitivamente, a acender-me uma luz, para me guiar, quando a minha se apaga. Para essas minhas tantas Estrelinhas a minha Luz estará sempre ligada, sem nenhuma falha!

Tartaruga em cima de um poste!

Enquanto suturava uma laceração na mão de um velho lavrador (ferido por um caco de vidro indevidamente deixado na terra), o médico e o doente começaram a conversar sobre o Santana Lopes.
E o velhinho disse:
- Bom, o senhor sabe...o Santana é uma tartaruga num poste...
Sem saber o que o camponês queria dizer, o médico perguntou-lhe o que era “uma tartaruga num poste”.
A resposta foi:
- Quando o senhor vai por uma estradinha e vê um poste de vedação de arame farpado com uma tartaruga a equilibrar-se em cima dele, isso é uma tartaruga num poste...
O velho camponês olhou para a cara de espanto do médico e continuou com a explicação:
- O senhor não entende como é que ela chegou lá;
- O senhor não acredita que ela esteja lá;
- O senhor sabe que ela não subiu para lá sozinha;
- O senhor sabe que ela não deveria nem poderia estar lá;
- O senhor sabe que ela não vai conseguir fazer absolutamente nada enquanto lá estiver;
- Então, tudo o que há a fazer é ajudá-la a descer de lá!

2004-08-25

Guestbook

Ali...
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Estão a ver? Deixem os vossos passos, as vossas mãos, as vossas impressões digitais, o que quiserem, quanto mais melhor. É vosso como todo o blog, como eu aliás. Escrevam-se um bocadinho de cada vez aqui no Sitio... gosto tanto de vos ler e tão poucas oportunidades tenho...

Lá ao fundo, lá em cima: sou eu! :)


2004-08-24

2 assuntos... sempre iguais

Tenham paciencia. Eu podia falar de muitas coisas porque muitos eventos se estão a passar e muitos ainda estão para vir mas tenho preguiça e só me apetece falar de duas coisas, já muito batidas mas das quais não me canso.

Hoje estive com 2 das minhas mana e ontem também. Tinha saudades da loucura saudável delas e da minha também que só se expande desta forma natural assim, com elas.
Eu sou louca de muitas maneiras, em muitas situações, faz-me bem. Mas só com elas a minha loucura é assim, como a de uma criança talvez. Sem preconceitos só porque estamos no meio da rua, se nos apetece cantar, cantamos onde quer que estejamos, se me apetecer esticar as pernas para cima porque me doem em pleno jardim é isso que faço. Porque não? Não há ninguém a censurar as nossas figuras tristes e se estiver, deitamos-lhe a lingua de fora. E depois se nos apetecer demonstrar todo o nosso carinho fazemo-lo com naturalidade. Voces fazem bem à minha loucura e à minha sanidade e insanidade mental, fazem bem ao meu estado de espirito, à minha alma. Fazem-me falta. E Gi, tenho saudades tuas mana louca. :)*

Continuo com saudades do meu Maior Amor. Muitas saudades de estar com ele de olhar os seus olhos.
Outra vez os seus olhos. Como crianças. Mas também indefiniveis, num misto de azul e verde, de alegria e amor. Tenho saudades deles... muitas! :)

2004-08-23

Fazes-me falta

De repente passei de um estado de extrema euforia para de extrema melancolia. Foi ao ouvir a musica dos Danger Danger: I Still Think About You. A culpa é do Primo Gabi que me deu a conhecer esta musica... :p
Não me sinto assim por causa da letra, neste momento ela não me diz nada pois as coisas correm maravilhosamente mas só aquela melodia me faz ficar assim e sinceramente nem oiço a letra, apenas a musica... Alias hoje é isso que me apetece... ouvir, só ouvir, sem reacção. Podia o Mundo desmoronar que eu ia estar aqui, sentada nesta cadeira a ouvir aquela musica, à espera de um sinal de vida, com um olhar vago e o pensamento longe, muito longe, perto da pessoa dona do meu coração.
Preciso tanto dele, psicológica e fisicamente. Da segurança e do conforto do seu abraço... Só me resta esperar, aguentar, por amor!

NÃO PASSARÃO

Não desesperes, Mãe!
O último triunfo é interdito
Aos heróis que o não são.
Lembra-te do teu grito:
Não passarão!

Não passarão!
Só mesmo se parasse o coração
Que te bate no peito.
Só mesmo se pudesse haver sentido
Entre o sangue vertido
E o sonho desfeito.

Só mesmo se a raiz bebesse em lodo
De traição e de crime.
Só mesmo se não fosse o mundo todo
Que na tua tragédia se redime.
Não passarão!

Arde a seara, mas dum simples grão
Nasce o trigal de novo.
Morrem filhos e filhas da nação,
Não morre um povo!
Não passarão!

Seja qual for a fúria da agressão,
As forças que te querem jugular
Não poderão passar
Sobre a dor infinita desse não
Que a terra inteira ouviu
E repetiu:
Não passarão!

Miguel Torga in Poemas Ibéricos, 1965


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ESTADO VELHO

Ah! não há dúvida
vocês existem, vocês persistem
vocês existem com grémios e tribunais
medidas de segurança e capitais
plenários mercenários festivais
grades torturas verbenas
cativeiros de longas penas
com vista para o mar
para matar


Palhaço
lacrimogénio
capacete de aço


Vocês existem bordados a ponto de cruz
fazendo a guerra sugando o povo
sorvendo a luz com estoris, coktails, recepções
canastas e ralys
whisky, coktails, cherries
trapeiras, esconsos, saguões
discursos, salmão, lagostas
pão duro, desespero e crostas
sorrisos de hospedeiras
e assassínios de ceifeiras


Palhaço
lacrimogénio
capacete de aço

Vocês existem, baionetas e chá com bolos
cooperativas, clubes de mães
concursos de gatos e cães
cães de luxo para lamber
cães polícias - polícias cães
para morder
barracas de lata para viver
salários de fome para sofrer
trapos, suor e lodo
amáveis conversas de casaca
e sobre as nossas cabeças
a matraca

Palhaço
lacrimogénio
capacete de aço

Ah! Não há dúvida
vocês continuam ainda a existir
até ao raio que vos há-de partir

José Carlos Ary dos Santos


Se a Festa é Festa e se há Festa outra vez, é porque há gente, há povo, há Partido Comunista Português!

É a mais pura realidade e é uma realidade tão boa...
Os musculos ainda doem, os golpes ainda estão a sarar, a alegria e a felicidade permanecem, e a chama da Festa ainda cintila forte no meu coração. É uma chama que permanece todo o ano mas que, chegando a esta altura se aviva de uma forma brutal e consome todo o meu corpo.
Foi um fim-de-semana cheio de animação, de convivio, de militância e de duro trabalho, espero pelo próximo para acabar o trabalho e pelo outro a seguir para me vir uma lágrima ao canto do olho e para o coração pular de comovencia, pelo trabalho feito e por tudo o que aquilo significa.
"Eles não sabem nem sonham que o sonho comanda a vida!", é a frase que vai tomando forma e que mais faz sentido dentro da minha cabeça.
O SONHO TEM PARTIDO!

Arctic Monkeys - Old Yellow Bricks


Rota de colisãO

Lá, entre o Sol e o Si